sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

MARABÁ E A VALE

Quando o justificado ufanismo tomou conta da cidade
Ao se descobrir a incomensurável jazida de Carajás
Ninguém ali jamais poderia acreditar eis a pura verdade
Que o êxito outrossim seria apenas então,efêmero e fugaz.

Desmembrado o,município,aparece todavia a calamidade
A Prefeitura não consegue siquer comprar um botijão de gás
Mesmo tendo realmente um Prefeito seguro e sem vaidade
Viu-se que o esperançado povo marabaense foi passado pra trás

Quatrocentos anos explorando o minério tão falado,
Com milhões e milhões de vagonetes a passar lotado,
Não deixando á nossa gente nem real,cruzado ou vintém

Montado n'um caríssimo esquema sofisticado de progresso
Resta-nos obviamente então reconhecer o duro retrocesso.
Da VALE do RIO DOCE, Marabá herdou apenas,o apito do trem...


DO LIVRO EM PREPARO:MARABÁ SUA HISTORIA SUA GENTE

HÉLIO SCHIAVO


Obs do autor:Marabá tinha mais de 37.000 km² e a reserva de Carajás estava a 240 km da sede do município,depois de desmembrado restou apenas daí nascendo Parauapebas,Curionópolis,Eldorado de Carajás,Sapucaia,Água Azul e etc...
O autor desse verso Hélio Schiavo era na época Diretor da Divisão do Patrimônio da Prefeitura de Marabá

Nenhum comentário: