quarta-feira, 1 de abril de 2009

Vade retro abadiando

Lá se foi o Abadia hoje bem extraditado
Porque ficar aqui comendo de graça na prisão?
O prato americano por certo é bem melhor e recheado
Sobrando ao tupiniquim uma caneca a mais do bom feijão!

Seu dinheiro pelo nosso governo foi expropriado?
Quem sabe algum adevogado vai reclamar então
Nunca falta proteção a bandido nesse país espoliado
Por isso sempre versejando lavro meu protesto com razão!

Quem sabe abadiando a riqueza dele a Fundo Perdido
Nosso país ficará deveras assim bem mais servido
E com outros e outros iguais se faça o mesmo agora

Os peculatários e traficantes hão de pagar caro a ousadia
Do mesmo jeito que se deu nessa boa ferrada ao Abadia
Naquele canto do recanto onde a mãe não vê que o filho chora!


Vitória da Conquista, 23 de Agosto de 2008.



TROVA


Vão dizer por aí que a LEI fez covardia 
Extraditando um santo para o estrangeiro 
Mas, nem o diabo sujo que saber desse Abadia 
Agora sem cavalo na sombra e sem... dinheiro!

Tributo à Ankito - Anchizes Pinto


Chegou a hora fatal de Ankito "Metido a bacana"
Será porque garantiu com vêemencia que "O feijão é nosso?"
Esse "Candango da Belacap" encerra o show nesse fim de semana

Assim como "Marujo por acaso" falar da falta dele ainda posso!

Reconheço que: "A pureza que havia na chanchada acabou", 
com certeza trabalhou essa alma genial o mundo do circo ao lado de Otelo
Morre assim uma fase da cultura no passado deixando tristeza!
Ante crises atuais de um tudo que nos rodeia só matando o belo!

Anchizes Pinto há tantas gerações só nos trouxe alegria
Alma gêmea do amor com Denise no ardor da ilusão e fantasia
Louvo com respeito merecido vendo o circo da vida desabar!

Merece ser retratado sempre na lembrança viva do povo
Partindo agora para o outro lado, o show vai recomeçar de novo
Porque garanto que juntando com Otelo, essa dupla agora bota pra quebrar!


Hélio Schiavo


Do livro em preparo " Poesia, Memória e Saudade"

Tragicomédia do sistema penal à moda brasileira

Depois que inventaram
Esse tal de celular
Veja só que coisa feia
Vagabundo na cadeia
Quer comer só caviar
Manda logo um torpedo
Provocando muito medo
Dizendo que vai sequestrar
O dia inteiro repete tudo de novo
Gozando do privilégio
Da insegurança do povo
E onde fica a ação direta do Estado
Permitindo esse grave pecado
Dando vitamina a cascavel?
É preciso repensar essa agonia
O cidadão já cansou da covardia
Sem meios de sair dessa Torre de Babel!
E o Estado nos obriga ante a desgraça
Ao levar o criminoso para a peia
Pagando a comida do pilantra que de graça
Acaba até engordando na cadeia!...
Como exemplo dou, olha aí Fernandeco Beira-Mar
Debochando até do tal regime diferenciado
Consegue se quiser com o mundo inteiro se contatar
Graças ao apoio inconteste do crime organizado

Hélio Schiavo

Vitória da Conquista, 01 de abril de 2009


Nossa Gratidão


(HOMENAGEM DO COMPOSITOR E POETA, HÉLIO SCHIAVO, AO IRMÃO EX-COMBATENTE OSÓRIO SCHIAVO, FALECIDO NO DIA 24/03/2009. ALÉM DE TODOS OS QUE COMBATERAM NA ITÁLIA EXTIRPANDO O TOTALITARISMO NUMA RESPOSTA AO EIXO.)


Era preciso lutar contra a opressão
Querendo nossa pátria ensanguentada
A Fôrça Expedicionária da nação
Pelos campos da Europa salvou a honra ultrajada...

Palmo a palmo do inimigo o terreno ganhando
Era indomável a bravura do homem do mar
A F.E.B sob fogo intenso ia avançando
Sentando a pua, fazendo a cobra fumar!

(Refrão)

Meu país, meu país do mais lindo céu de anil
A cada dia se expande deixando de ser Brasil grande
Pra ser o grande BRASIL!..

O sangue inocente que aqui foi derramado
Levou nosso país a guerrear
Graças à coragem do pracinha esforçado
A dôce paz agora podemos desfrutar...

De ninguém, de ninguém jamais seremos escravos
E hoje redivivos na História dessa potência mundial
O Brasil não esquece aquêle pugilo de bravos
Descansando sob as dobras da Bandeira Nacional!



Um ano da morte de Isabella de Oliveira Nardoni



Ainda nos dói profundamente a lembrança daquela noite de horror 

O peso de tanta revoltante covardia sabemos que é duro carregar 
Você Isabella, representa para nós humanos uma bandeira de amor 
Hasteada contra o ódio daquela animalesca dupla infeliz que vai pagar! 

O corporativismo do grupo talvez encobre apólice de alto valor? 
Morte violenta quem sabe atrai a dúvida que sei, pode ficar... 
Lombroso explica o desvio tão visível na descarada cara do infrator 
Blindado pelo pai de onde ninguém se quer vê uma lágrima rolar! 

A avó pediu pena de morte para o matador de Isabella quem diria 
Que depois, ah, nenhum gesto dessa natureza de certo não repetiria 
Daí o poeta alerta aos jurados para mesmo em nome de Deus não perdoar 

Poucos Isabella, irão proteger esse nojento magote da carniça 
Porém seu voo para a morte há de colher o fruto benfazejo da justiça 
Enquadrando todos que sob o jugo da verdade, hão de chorar!

Hélio Schiavo
Rio de janeiro, 31 de março de 2009.