Depois de ter cruzado e recruzado o meu dinheiro
Contra essa praga feroz que chamam de inflação
Eu vi que a nova "Repú" ilustre companheiro
Achou o mapa da mina e chega no...ladrão.
No buraco do pano do pobre brasileiro
Agora sobram centavos reais e algum tostão
Porque nenhum gringo espertalhão pilantra interesseiro
Não há porque de nos tirar mais um pedaço de pão...
Sinto novamente correr o ardor do verde e amarelo
Sem a humilhante condição de fantoche e briguelo
Aqui trabalhando e como de graça para o estrangeiro
Eu juro que o juro dessa vez não pago
E ao último centavo seguro com carinho e afago
Morrendo de saudade já do extinto cruzeiro!
Marabá,28 de fevereiro de 1.986
HÉLIO SCHIAVO
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