sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

AH! O TEMPO DO CRUZEIRO

Depois de ter cruzado e recruzado o meu dinheiro
Contra essa praga feroz que chamam de inflação
Eu vi que a nova "Repú" ilustre companheiro
Achou o mapa da mina e chega no...ladrão.

No buraco do pano do pobre brasileiro
Agora sobram centavos reais e algum tostão
Porque nenhum gringo espertalhão pilantra interesseiro
Não há porque de nos tirar mais um pedaço de pão...

Sinto novamente correr o ardor do verde e amarelo
Sem a humilhante condição de fantoche e briguelo
Aqui trabalhando e como de graça para o estrangeiro

Eu juro que o juro dessa vez não pago
E ao último centavo seguro com carinho e afago
Morrendo de saudade já do extinto cruzeiro!

Marabá,28 de fevereiro de 1.986

HÉLIO SCHIAVO


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