sábado, 28 de junho de 2008

Reverenciando um bamba


Sob as nuvens da saudade
Hoje o céu não está bonito
Ah! como é dura essa verdade
Morreu Guilherme de Brito!

A poesia calada
Ficou com a alma abafada
Sem ouvir o eco do grito...
O poeta fica encantado
No jeito bem ritmado
Que nunca sai da memória

E a gente sofre caramba
Lá se vai mais um do samba
Prus anais de nossa História!

Será sempre lembrado com carinho
O povo vai cantarolando onde for:
"- Tire o teu sorriso do caminho
que eu quero passar com a minha dor!"

Vale esse verso uma homenagem
Tão pura e lapidar que lavro agora
No instante supremo da passagem
Do poeta imortal que foi embora!
Hélio Schiavo

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2006.


quarta-feira, 18 de junho de 2008


“(...) Ser governado é ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, identificado, doutrinado, aconselhado, controlado, avaliado, pesado, censurado, comandado... Ser governado é ser, a cada operação, a cada transação, a cada movimento, anotado, registrado, recenseado, tarifado, selado, tosado, avaliado, cotizado, patenteado, licenciado, autorizado, apostilado, administrado, impedido, reformado, endereçado, corrigido... ser posto à contribuição, exercido, extorquido, explorado, monopolizado, pressionado, mistificado, roubado; depois, ao menor resmungo, à primeira palavra de reclamação, reprimido, multado, enforcado, hospitalizado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído, e por cúmulo, jogado, ludibriado, ultrajado, desonrado (...)”.

Joseph Pierre Proudhon

domingo, 15 de junho de 2008

HOMENAGEM EM VERDE E ROSA


Olha aí o coração do magueirense desolado
calou de vez mais esse grande herói da agremiação
É mais um que viajou enfim fora do combinado
lá para o manso andar de cima sem poluição!

No desfile maior com ninguém jamais foi comparado
encantava a todos exibindo com garra a potência do seu vozeirão
Também a dor de cotovelo e seu jeito turrão ficou bem registrado
nos anais da MPB percorreu de canto a canto essa nação!

José Clementino Bispo, fiel patrono da Estação Primeira
foi ao encontro de Carlos Cachaça, Cartola e Zica nesse fim de carreira
Merecendo reverência de reconhecimento pelo seu valor!

Na seresta ou no brilho da Sapuchaí em carnaval
o tom do samba-enredo não cairá afinal
e ainda sim faltará coragem de chamar Jamelão de: - "Puchador!"

Hélio Schiavo

Rio de Janeiro, 15 de junho de 2008

sábado, 14 de junho de 2008

A vigília da lâmpada - (valsa, 1939)
Interprete: Albenzio Perrone
compositores: Gastão Lamounier e Mário Castelar

Meu amor, eu confesso que não posso
Esquecer o romance que viveu
No alegre apartamento que era nosso
E agora vazio, é apenas meu

Sinto esmagar-me uma saudade estranha
Nesta noite de insônia e de tristeza
Em que fielmente apenas me acompanha
O abat-jour, que existe sobre a mesa

Há uma penumbra mítica de prece
A luz sobre o abt-jour, pouco ilumina
Meu abt-jour de seda ele parece
A saia de uma louca bailarina

A sombra do abt-jour, macia e doce
Recordo tristemente nosso amor
Vendo a lâmpada arder como se fosse
Meu coração ardendo em teu louvor.














Que políticos criativos temos no Brasil! 
Quanta gente esperta e bem intencionada!...
 Preocupação com saúde do povo 
Quanta nobreza de sentimentos!
Um imposto prá substituir a CPMF, CSS. 

Mudaram o rótulo prá que continuemos ingerindo a mesma cachaça amarga de sempre.
Dose prá leão? Que nada! Da desfaçatez dessa manobra até o leão ficou com vergonha.
Dizem por aí que o Secretário Geral da ONU não serve mais caviar em seus banquetes em sinal de protesto, pois, o esturjão, está entre as espécies ameaçadas de extinção.

Nesse aspecto, morro em paz com a natureza: Nunca servi caviar às minhas visitas.



Fotos de Serra Pelada - Disponível em:

http://www.spiritofbaraka.com/images.


Acesso em 14 de junho de 2008.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

QUE ALÍVIO

O mundo respira aliviado de repente

A força da esperança se irradia

Terminou de vez de uma maneira quente

O eminente perigo fatal da guerra fria...

Os donos do mundo agem de forma consciente

Eles evitarão desforço inútil e qualquer sangria

Agora já estão pensando como pensa a gente

Seguindo as pegadas que Cristo deu um dia...

Como é bom respirar o ar da paz agora

Mesmo poluído, infecto sem o ozônio que evapora

Causando ainda grave motivo de apreensão...

Mas, resta agir com determinação e Amor,

Destruindo metralhadoras e canhão para fazer trator

Afim de que para que ninguém possa faltar o pão!...

“Que adianta acabar a guerra fria,

Se ainda por aí estão matando gente

Com terrorismo que fazem à luz do dia

Onde corre somente o sangue do inocente!”


Guerra Fria é como ficou identificado a polarização entre os Estados Unidos, (capitalista), e a União Soviética, (socialista), após a Segunda Guerra Mundial em 1945 com a rendição do EIXO, até 1989 com a extinção da União Soviética, marcada significativamente pela Queda do Muro de Berlim em 09 de novembro de 1989.

"Fria" porque não houve qualquer combate físico. Mas, a guerra político-ideológica causava pavor diante da possibilidade de um novo conflito mundial. Ou até mesmo, o extermínio de toda forma de vida, pois, as duas potências posuiam grande arsenal de armas nucleares. Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e econômica que influenciou e em grande medida, determinou a produção cultural em todo o mundo durante o período.


quinta-feira, 12 de junho de 2008

Sonhos

Um dia sonhei que era um tsar
Que tinha dominios, podia mandar
Então, de repente-Cadê inflação?
Violência, miséria, siquer um ladrão
O mundo melhor para todos deixei
Na paz de um sonho que um dia sonhei...
Acordo na vida pra realidade
De que nenhum jeito ninguém pode dar
Então peço a DEUS me dê a verdade
Me faça de fato um novo tsar...
Criança faminta, não deixo morrer
Escola pra todos, pro mundo crescer
Ninguém dá um tapa no rosto do irmão
Fartura, alegria tudo tão abrangente
Que resolvi fazer máquinas para o campo somente
Com as armas da guerra do extinto canhão!...

Meninos de rua

menino vadio que anda na rua
De roupa despida com a alma tão nua
Porque sofre assim?...
O que o mundo insinua a tua alma perdida
Que pede comida, pedaço de pão...
Um dia serás, dirão eloquente
Uma alta patente dessa imensa nação...
Menino vadio sem fé nem escola
O Estado não dá
E lhe nega essa "esmola"
De ser diferente daquilo que é...
Talvez com carinho alguém no caminho
Lhe vendo tristonho chorando sozinho
Lhe dê incentivo de amor e de fé...
Dizendo: -" Que é isto criatura?
A vida é sorriso, de paz e ventura
Não chore, não chore, não chore Pelé!"