terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Chama que não apaga

Aquela estrela cadente
fugiu daqui de repente
Para brilhar no infinito
Sob um toldo de tristeza
O Brasil chorou com certeza
A falta de seu charme e de seu grito
Um pouco de terra fria
Cobriu de saudade ternura e poesia
Os passos gloriosos da atriz
Em cada coração tristonho morria um pouco do sonho
Da estrela superstar Elis
Que Deus
Lhe dê a paz a tão procurada
Assim deseja o homem simples da rua
Entre nós sua presença está marcada
Por que o show da vida continua
"É pau é pedra é o fim do caminho"
Receba Eliz Regina de seu povo
Essa prova de amor e de carinho


feita em 20 de janeiro de 1982 no momento do enterro da cantora Elis Regina

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Oração Poema Para um Índio Morto


Ó meu DEUS de JUSTIÇA e de VERDADE
Onde está a CARIDADE
Desses meninos ricos de conforto,
Agindo como abutres sem dó e piedade
Pelo simples prazer de ver um homem morto...
"- Vamos aquecer aquele corpo frio
E o mundo terá de menos um vadio
N'uma bela, singular e gostosa brincadeira
-Vamos lá é um mendigo qualquer
Dormindo ali no ponto!
-Vamos rir gargalhar depois eu conto
Como o presunto assou lá na fogueira"

E... os animais partiram, pra desgraça
De quem achou que é do povo a praça
sendo livre a caminhar pelo país...
Buscava em paz, eu sei, resguardar sua terra
Sem a agressão inglória d'uma guerra
E esbarrou sem querer no magote infeliz...
O fogo foi acesso a derreter um HOMEM
Simples, trabalhador e por HERÓI o tomem
Porque herói também morre dormindo
Sua roça de mandioca está parada
Sua família triste está magoada
Nesse país que aos poucos vai caindo...

Caindo sim no abismo da vergonha
Na viela do crack e da maconha
Na fanfarronice de tanta CPI
E tudo se esvaí como miragem
Onde achar SENHOR um pouco de coragem
Para continuar vivendo por aqui...

Por culpa da quadrilha inconsequente
Que vamos nós dizer àquela pobre gente
Arqueada pelo sofrimento sob a dura cruz?!
Saibam que as pessoas de bem estão em prantos
E, ele Galdino, sim que era dos Santos
Agora é o filho predileto de JESUS!...

Ofereço este poema para Clara Goes - teatróloga

TROVA 01

Só a justiça do céu é que não falha
Quem deve pagará rangendo o dente
Naquela peneira é muito fina a malha
Para deixar escapar o inconsequente

TROVA 02

Assim será hoje e sempre o clamor
Como troféu que recebemos do destino
Esquecer a vítima protegendo o infrator
Mesmo que ele seja cruel e assassino!


trova dedicada aos Novely e cia. pela blindagem aos matadores do índio Galdino Jesus dos Santos - pataxó hã hã hãi... na Brasília sem lei.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Aborto

Não quero que a mulher faça aborto
Porque a VIDA em si tem seu principio
Aquele ser indefeso que as vezes querem morto
Não gostaria de ficar perto desse precipício

Porque ficar indiferente às vezes absorto
Ao comodismo interesse, irresponsabilidade e vício
Pensando egoísticamente em si apenas e por conforto
Cortando uma carreira promissora que não teve início...

Todo método anticonceptivo é pura covardia
Comércio criminosoque se repete todo dia
Como a vergonha DAQUELE SACRIFÍCIO do CALVÁRIO

E o médico e alguém que promove o infantícidio
Seria capaz de levar a própria mãe ao suicídio
E, não deveria siquer passar na porta do veterinário!

Grito do aborto

Na ordem da lei quanta ironia
Contra a vontade de DEUS perpetuando VIDA
Na mecânica do sexo a pura fantasia
Pelo desamor ingrato da fingida...
Na calma inocente da criança
Boiando n'uma doce gravidez
Não deixe morrer a esperança
Esperando impaciente o nono mês...
"- Já meu grito de vida se pressente
Célula-ovo, sei lá bem mais que embrião
Eu quero ver o mundo tão somente
No sorriso de paz de cada irmão...
Quero viver também a primavera
Sentir a vida infnita em toda plenitude
No organizmo da mãe, quanta quimera
DEUS colocou na benção da virtude...
No entanto, a mais dura covardia
Do crime inominável do aborto
Matou meu embrião de fantasia
E antes de viver... me querem morto...
Tão novo assim no corredor da morte
Não fui notícia siquer que alguém comentou
Apenas um feto apodrecido pela sorte
Da mãe covarde que me ASSASSINOU!"