terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Poesia, memória e saudade para Yara Amaral

Enfins que vinte anos após o Beatou Mouche ninguém ainda foi punido
Como a injustiça caminha lentamente no rumo da pura impunidade
Esse sistema jurídico há muito se mal entendo está deveras falido
Então porque ninguém se meche e tenta inverter essa calamidade?

Será que vai prescrever por decurso de prazo ou isso não faz realmente sentido
Noutros países será que isso acontece como aqui na terra do "jeitinho" eis a verdade
Não se há de conceber tamanha desonra da justiça pelo tempo perdido
Vendo tantas mortes sob a pergunta de que não houve crime ou erro e sim fatalidade

Na área amazônica os barcos apinhados de gente e mercadoria vão ao fundo
Leis e regras não entram na compreensão pra mudar o erro no mundo
Dando a entender que prevalece apenas a idéia e vontade do chacal!

Bateau Mouche um exemplo por dezena de vezes sangrando repetido
Quem sabe para não encontrar o choro de saudade que não dói escondido
Nos olhos dos órfãos injustiçados tal acontece com os decendentes de Yara Amaral!

Recado p/ Arlete Berete Fernandes.


Graças ao milagre virtual que nutre essa amizade tão fraterna
Através da poesia aumentando sobremaneira nosso astral
Permita SENHOR que ela prossiga benfazeja na caminhada eterna
Nos livrando de duros percalços no erro de quem cultiva o mal!

O mundo não pode mais permitir tanta infeliz baderna
Tem que inverter esse rumo tão desastroso e infernal
Será que voltamos com essa barbárie a imitar o homem da Caverna
Colocando nas costas da PAZ a dor ponteaguda do punhal?

Nesse Natal vamos contritos rezar aos pés da manjedoura
Pedir ao MENINO DEUS uma Era fraterna duradoura
Sem ódio, guerra, fome e miséria limpando nosso campo de poluição!

Confie Arlete que assim será pela vontade maior do nosso CRIADOR!
Vamos unir forças afim de sempre derramar a semente do AMOR
E acabará o ranger de dentres que faz o homem só enchergar o chão!

Natal de 2008 - Vitória da Conquista - BA

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Não quero pensar em guerras

Não quero pensar em guerras
Se tenho flores para cuidar!
Se ela está na Palestina
Ou se está perto da China
Ou em qualquer outro lugar
Não, não quero pensar em guerras
Se tenho flores para cuidar!
O mundo há de achar o seu caminho
Com amor, ternura e carinho
Vencerás os matizes desiguais
Do jeito que o poeta deixou escrito
Nesse verso tão bonito:
"Todos os lares hão de ser felizes
todos os berços hão de ser iguais!"




Tributo ao poeta Djalma Andrade, vítima da Ditadura Militar por apenas por ter tido a ousadia de sonhar

Amazônia de ontem hoje e amanhã

fotografia/fonte: ecourbana.files.wordpress.com/2008/06/queimad...

Sinto a imagem do Criador
Onipresente nesta festa
O bailar da natureza
Que beleza!
No mundo encantado da floresta
Agindo em nome do progresso
Não repseitando a ecologia
Num criminoso retrocesso
O homem tenta destruir tanta magia
Ontem não tinham caminhos para pisar
Hoje as matas jogadas no chão
Envergonham essa nação
Pois as queimadas não podem parar
Nesse Amazonas desertificado
Amanhã quem sabe o que será
Com a força intangível do machado
Até o oxigênio vai faltar
Os pássaros cantarão tristonhos
As frutas e flores podem acabar
Na destruição do verde mundo risonho
Dessa Amazônia que não querem preservar
As falas loquazes
As falsas quimeras
Não vão trazer primaveras
Nesse país
E o povo do futuro entre muros
Não poderá ser um povo feliz

Helio Schiavo
Ponte Nova, Minas Gerais, 1980

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Com corda ou sem corda?

Buschinho agora é um genocida
Confessou para o mundo
Que arrependeu
Da besteira maior que ele fez nessa vida
Invadindo o Iraque
Onde arma nuclear nenhuma apareceu!
Destruir Bagdá apenas por capricho e judiação
Beiruti também já puseram no chão
E se tempo tivesse ia lá em Teearã
Mas a indústria bélica americana
Foi no ralo da crise a quarenta semanas
Sem meios de pólvora nenhuma queimar amanhã!
Quanta civilização antiga destruída
Nesse sugadouro de patrimônio e vida
Por culpa somente do xerife chacal
Resta agora a ONU decidir a parada
Botando essa besta no banco sentada
E que seja o mais duro lá do tribunal!

Como não pode tampar o sol com peneira
Que essa besteira seja bem punida
Talvez seja essa a única maneira
De justiçar o inocente que perdeu a vida!
Esse é o meu sonho do dia a dia
Sem revanche qualquer do angu de caroço
Ver pagar sim na cordinha o genocida
Com nó bem apertado no sujo pescoço!

Amén!


Vitória da Conquista, 06 de dezembro de 2008.

Recado

Enfins que lástima daquela turma "formada" em Medicina
Mostraram o que serão como profissionais, que pena, um dia
Isso ocorreu na evoluída cidade paranaense de Londrina
Com mostra evidente de irresponsabilidade e extrema covardia!

Invadiram o Hospital Universitário 94 animais sem crina
Talvez daqueles que vestibularam-se com Severino escapando da estrebaria
Ajumentalidade dessa tribo dentro da profissão é certo que dará péssima oficina
Com diploma errado em cada mão envergonhando Hipócrates que se mataria

Nada moço justifica tirar a paz de alguém doente e necessitado
Alegria tem limite daí censuro esse grupo bagunceiro desvairado
Longe de merecer diploma para lhe outorgar direito a salvar vida!

A Medicina requer equilibrio, serenidade, dedicação e AMOR
Daí que o poeta registra o protesto em seu nome também caro leitor
Na advertência ao grupo de refletir melhor até cicatrizar essa ferida!








sábado, 6 de dezembro de 2008

CARTA ABERTA A PAPAI NOEL

Rabisco essas mal traçada sob o impacto da insônia
Há mais de setenta anos que eu quero te falar
Pensei até viajar ao teu encontro aí na Lapônia
Mas durante esse tempo o corpo me pesou para cansar

Então vai assim mesmo na intimidade sem qualquer cerimônia
Também não é segredo que ninguém possa saber e escutar
Peça Papai do Céu enquanto é tempo pela nossa Amazônia
Que o machado intangível insiste dia e noite derrubar!

Não dê presente a político nenhum, pois, não merece
Eles não vêem que a vida o ar a água aos poucos já desaparece
Com a camada de ozônio no extremo de não ter mais solução

Olha na tua pureza fale com Nosso SENHOR aí no teu caminho
Se o Bin Laden é carrasco imagine meu querido o tal Bushinho
Que de Kioto passará pra Obamarrento o legado de nossa salvação



PS: não é por medo de entrar pelo cano
muito menos falo isso por bravata
o castigo veio do céu para o Republicano
e o fim virá se falhar na mira o Democrata!

Obs do autor:Como era esperado pelo poeta Obamarrento tanto quanto Bushinho pisou na bola na reunião de Cúpula referente ao aquecimento global em Kopenhague

HÉLIO SCHIAVO

É preciso lembrar de esquecer?

A vida está tão dura ultimamente
Que a gente mesmo nem chega acreditar
Como iremos comprar SENHOR algum presente
Se nem algum para a comida vai sobrar?

Seria apenas a culpa do governo tão somente
Que não consegue fazer a inflação parar?
Ou somos nós os réus dessa guerra inclemente
Que toda expiação da vida vai sempre pagar...

Pobre criança, olhando tão triste na vidraça
Enquanto vai olhando o próprio sonho passa
Como se a vida fosse apenas um cinema afinal...

...E o jeito mesmo é seguir sem rumo no caminho
Porque hoje nem Papai Noel nos pode dar carinho
Nesta tristeza de órfão a esquecer do Natal!


Serra Pelada- PA, Natal de 1988

HÉLIO SCHIAVO

PRECE


Existe na vida de todos um momento
Que é preciso e como fazer uma reflexão...
Geralmente isso acontece em hora de tormento
Quando a dor aparece e oprime o coração!...

Aí é a hora de lembrar de DEUS o sofrimento
É fonte de aprimoramento pra se chegar à razão...
Não adianta qualquer disfarce e fingimento
Pouco importando o tamanho e motivo da questão...

Nessa hora, a gente, contritamente olha para cima
Pensa na Bondade do Ser Superior que nos anima
E como que, por encanto o milagre aparece...

Vem o reflexo, a calma, acende-se de vez a Luz
Quando se pede a céu humildemente através de JESUS,
Naquela força e energia pura, que nos vem da PRECE!


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Nos tempos do Rio Antigo




Sou do tempo
Vou dizer do jeito franco
Português usava boina
Só andava de tamanco
O Rio não era como hoje essa Babel
Em cada esquina um buteco
Do Joaquim ou do Manoel
Eu ia lá tirar gosto da sardinha
Pra não perder a viagem tomava logo a braquinha
Comigo a verdde não desdenha Comecei no jardim de infância
Dos partideiros da Penha
Cabo Elpídio chapéu de chile na mão
Usava apenas bengala
Ainda dava carona
Prus bambas no camburão
Sou do tempo
De dormir com janela aberta
Ninguém andando na rua deserta
Não era assaltado não 

Ah! Sou do tempo
Que o homem era verdadeiro
Vi até Chefe de Polícia
Arriscar uma fezinha
Com S. Excia. o bicheiro
Na Rua da Relação
O tempo se foi
Essa certeza me invade
Tudo na vida é passageiro
Menos o condutor e o motorneiro
Que já seguiram no bonde da saudade

Hélio Schiavo

Vitória da Conquista, 02 de dezembro de 2008.