Que diferença do tempo de antigamente
Havia serenata para a gente
Tinha retreta no côreto do jardim
Agora vejo tudo tão mudado
Nem a sombra do passado
Vejo mais perto de mim
No jardim hoje tem só trombadinhas
Gente sem pudor e linha
E o arvoredo morre de poluição
No bonde eu dava beiço e ia de graça
Sem essa de monóxido e fumaça
Sem esbarrar em S. Excia. o ladrão
O tempo foi correndo tão ligeiro
Fiquei só nessa certeza que me invade
Como tudo na vida é passageiro
Menos o condutor e o motorneiro
Que seguiram no Bonde da Saudade
Hélio Schiavo
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