segunda-feira, 7 de julho de 2008

Tempos idos


Que diferença do tempo de antigamente
Havia serenata para a gente

Tinha retreta no côreto do jardim

Agora vejo tudo tão mudado
Nem a sombra do passado

Vejo mais perto de mim
No jardim hoje tem só trombadinhas
Gente sem pudor e linha

E o arvoredo morre de poluição

No bonde eu dava beiço e ia de graça
Sem essa de monóxido e fumaça

Sem esbarrar em S. Excia. o ladrão

O tempo foi correndo tão ligeiro

Fiquei só nessa certeza que me invade

Como tudo na vida é passageiro

Menos o condutor e o motorneiro
Que seguiram no Bonde da Saudade


Hélio Schiavo

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