segunda-feira, 7 de julho de 2008

À Chico Mendes

A laparonga da Justiça está apagada
Nessa mata tão manchada
Pelo sangue do inocente
O poderoso contra o fraco abre guerra
Não cede um palmo de terra
Neste país continente
A luz não apaga na verdade que irradia
A quem se deve tal sangria
Contra o verde, o homem e a vida
O mundo ouviu em cada canto
O eco de dor no pranto
Trazido por uma bala perdida
Até quando Senhor tanta maldade?
Cadê a fraternidade
Que Cristo nos ensinou?
Continua a derrubada inconsequente
A ganância por aí comendo gente
Naquele dia que o Uirapuru não cantou
Chico Mendes
Seu exemplo ficou aqui
Neste caminho estirado
De mártir sacrificado
Nas matas do Xapurí

Hélio Schiavo


Faz 20 anos que o líder seringueiro Chico Mendes foi assassinado em Xapurí no Acre. Este poema foi escrito na ocasião em que o poeta sensibilizado pela triste ocorrência, registrou em versos sua homenagem.





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