O peso da idade aumenta a lembrança a doer demais
Enquanto a vida se esvaí na esperança que não se renova
O poeta quer descrever saudoso os grandes carnavais
Vivido nas ladeiras de São Sebastião e Almas da velha Ponte Nova
Vila Alvarenga de Afonsinho, Sapé de Paulo Galli na briga de rivais
A macucada descendo disposta mesmo no baêta dar uma sova
Parecia uma guerra santa espoucada no interior de Minas Gerais
Na beleza fraternal de uma convivência sadia colocada a prova!
Nunca recebi siquer uma medalha de cuia pelo meu samba enredo
Sem entender o porque da má vontade revoltado revelo esse segredo
Não apontando culpados e nem sei porque aconteceu
Agora até Momo vai triste atrás do trio elétrico contratado
Cadê o ritmo, a letra o povão e a bela rivalidade do passado
Na certeza absoluta vejo que bem antes de mim ali o carnaval morreu!
DO LIVRO EM PREPARO:Minha Velha Ponte Nova
HÉLIO SCHIAVO
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