domingo, 23 de outubro de 2011

Velhos carnavais

O peso da idade aumenta a lembrança a doer demais
Enquanto a vida se esvaí na esperança que não se renova 
O poeta quer descrever saudoso os grandes carnavais 
Vivido nas ladeiras de São Sebastião e Almas da velha Ponte Nova


Vila Alvarenga de Afonsinho, Sapé de Paulo Galli  na briga de rivais 
A macucada descendo disposta mesmo no baêta dar uma sova 
Parecia uma guerra santa espoucada no interior de Minas Gerais 
Na beleza fraternal de uma convivência sadia colocada a prova!


Nunca recebi siquer uma medalha de cuia pelo meu samba enredo 
Sem entender o porque da má vontade revoltado revelo esse segredo 
Não apontando culpados e nem sei porque aconteceu 


Agora até Momo vai triste atrás do trio elétrico contratado
Cadê o ritmo, a letra o povão e a bela rivalidade do passado 
Na certeza absoluta vejo que bem antes de mim ali o carnaval morreu!


DO LIVRO EM PREPARO:Minha Velha Ponte Nova


HÉLIO SCHIAVO

Nenhum comentário: