sábado, 20 de março de 2010

Antonio Gonçalves da Silva PATATIVA de ASSARÉ

Quanto verso perdido no meio da caatinga esturricada
Nascido daquela alma nordestina simples e feliz...
Em nenhum florilégio jamais poderá ficar registrada
Naquelas caminhadas que fez a Patativa maior desse país!

Antonio Gonçalves da Silva achava melhor cuidar da cabritada
Era a vida que escolheu do jeito e modo que ele sempre quiz
Não fazia sentido pisar na passarela acadêmica tão alcatifada
Porque a glória efêmera do poeta acaba um dia como a flôr de liz!

O importante é o êxtase o momento sublime da própria criação
Pisando livremente a areia dos atalhos retorcidos do sertão
Exaltando ali o Maior Arquiteto do Universo tão cheio de fé!

Morreu cansado e velho no sítio pobre do mais lindo recanto
Ah! se a gente tivesse a certeza que o poeta um dia vira santo
Eu passava a cultuar o venerável vate que chamaram
Patativa de Assaré !


Do Livro em preparo:Poesia,Memória e Saudade
HÉLIO SCHIAVO

Um comentário:

Maris Stella disse...

Paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai tô feliz de ver que seu blog continua fluindo! Que bom pai! Parabéns!

Tenho muito orgulho de ti meu poeta querido!!